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terça-feira, 29 de maio de 2012

Tecnologias em Educação- PUC - RIO


Cursista: João Genarte de Araújo Cavalcante Neto
Disciplina: MCS – Mídia, Cultura e Sociedade
Mediador: André Luiz dos Santos Barbosa
Turma: PB01
Atividade Final: Estudos da Recepção

Estudos da Recepção – Atividade MCS

             
           
https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q


Programa do Jô: é uma atração rádiotelevisiva apresentada pelo humorista Jô Soares. O Programa do Jô é de entrevistas, produzido pela rede globo de São Paulo, transmitido também pela rádio CBN. Tem ingredientes de humor típico  e a irreverência de seu apresentador, mistura música, humor e entretenimento. É apresentado de segunda a sexta feira com início mais frequente a partir de 00h50min.

O programa segue o modelo do Jô Soares Onze e Meia, exibido pelo SBT Sistema Brasileiro de Televisão quando o apresentador fazia parte daquela emissora.
São integrantes do programa o sexteto grupo de instrumentistas que tocam seus instrumentos logo no início do programa, e na entrada dos convidados. O garçom chileno Luis Alexander Rubio Bernardes (Alex), sempre alvo de piadas de Jô.

 O sexteto é  responsável pela abertura do programa e pelo acompanhamento de alguns musicais. Jô Soares sempre termina o programa com a frase "Beijo do Gordo.


O programa do Jô tem público garantido. profissionais liberais, empresários, universitários e inteletuais que gostam da noite não dormem sem o beijo do gordo. O que faz ser mais seletivo sem dúvida alguma é o horário, já que entra na madrugada e muitos dos telespectatadores que gostam do programa  precisam acordar cedo para trabalhar no dia seguinte.

O formato do programa é um Talk show com duração aproximada de uma hora e meia. Apresentado por Jô Soares.

No Programa exibido no dia 15/05/2012, fiz as seguintes anotações:
Início: após o Jornal da Globo. Exatamente às 00:48;

Jô Soares entrevista Thalita Carauta, Patrícia Faria Feliciano e Roberta Sá.
Abertura: 00:48 a 00:55 = 07 minutos. 03 minutos de intervalo;

1º bloco: 00:58 a 01:14 = 16 minutos. 03 minutos de intervalo;
2º bloco: 01:17 a 01:32 = 15 minutos. 03 minutos de intervalo;
3º bloco: 01:35 a 01:49 = 14 minutos. 02 minutos de intervalo;
Bloco final: 01:51. Beijo do Gordo 01:53

A abertura do programa  vem sempre com uma dose alta de humor e toda a  irreverência do jô. Curiosidades, situações bizarras são interpretadas com a maestria do gordo. O jazz é o estilo musical, dando uma cara de programação específica de público especial.

Nos blocos, de aproximadamente quinze minutos, com intervalos de três minutos, Jô entrevista personalidades internacionais, intelectuais, políticos e   pessoas simples, cidadãos e cidadãs que tenham particularidades, o que faz do programa ser interessante. É daí que surgem comentários e histórias inesperadas adoçadas com o humor do gordo.  

O beijo do gordo sai quase duas da manhã, com um aperitivo de jazz para o fim de noite.
Link abertura do programa do Jô: Dia 15/05/2012.


O programa se sustenta numa linguagem simples, séria  e direta, informa, educa e diverte, tem entretenimento e humor. Tudo isto é extraído dos convidados do apresentador. O que o diferencia de outros apresentadores é o fato do público entender que ele não se prende muito um roteiro de perguntas. Curiosidades e comentários surgem aleatoriamente. Narrativa não linear, que agrada, informa e define a  qualidade da  comunicação do Jô com o seu público.
Recomendo a estudantes, educadores e educadoras do ensino médio, rede regular e EJA – Educação de Jovens e adultos. Para os profissionais de educação seria uma forma de ampliar e aperfeiçoar a comunicação com os jovens matriculados nas escolas da rede pública e particular, aproveitar temas abordados nas entrevistas e fazer debates na sala de aula. Para os jovens, uma oportunidade para perceber os vários formatos da programação da televisão brasileira. Terem uma nova visão do mundo com conhecimento trazido pelas entrevistas bem  humoradas e com a qualidade particular do Jô.
Na minha humilde opinião pessoal, o programa do Jô é a melhor atração do seu gênero da televisão brasileira. Respeitando os outros apresentadores, é claro, mas nenhum consegue ser tão atraente como o gordo devido ao seu estilo humorístico e ao mesmo tempo sério. Acredito que teria um público maior se fosse apresentado a partir das 23h:00min. Entrar madrugada adentro compromete o calendário biológico de quem precisa acordar cedo para trabalhar ou estudar, principalmente nos grandes centros onde a maioria dos trabalhadores de estudantes dependem de transporte público. Não mudaria o formato do programa. A minha nota para o programa é 9.8.
Para José Araújo Sobrinho, médico infectologista e professor da FACISA – Faculdades de Ciências Sociais Aplicadas de Campina Grande, Estado da Paraíba, o formato do programa não é novidade nenhuma, é um talk show igual aos apresentados em outros Países. A diferença está mesmo no apresentador. Considera o jeito descontraído do gordo, o estilo musical escolhido e a sua interação com o público, os aspectos mais importantes para que contribuem para o sucesso de um programa diário. Outro aspecto considerado pelo profissional liberal foi com relação aos convidados do gordo. Mesmo sendo um programa voltados para as classes A e B, ele consegue atrair a atenção dos telespectadores entrevistando pessoas de todas as classes.
Anônimos que de alguma forma chamaram a atenção fazendo algo interessante, ganham, visibilidade com o entrevistador, às vezes tornam-se tão agradáveis quanto personagens conhecidos de todas as áreas que fazem sucesso a nível nacional e internacional.
O médico afirma que não mais assiste o programa regularmente. Considera horário incoveniente dadas as suas responsabilidades no começo da dia.
Diante das colocações apresentadas pelo Dr. José Araújo, percebi com facilidade a admiração do médico pelo apresentador. Ao mesmo tempo, revela  um certo constrangimento com o horário do programa. Muitos profissionais das classe A e B precisam acordar cedo, conforme sua afirmação.
Mesmo não tendo comentado a respeito das minhas colocações em relação ao programa, o olhar do médico  aponta para a mesma direção. o horário em que atração radiotelevisiva é apresentada. Talvez por esta razão, eu não tenha encontrado outro telespectador assíduo.



Jô Soares
José Eugenio Soares, conhecido como Jô Soares, (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1938) é um humorista, ator e apresentador de televisão brasileiro. Dedica-se à literatura e à pintura, e mais recentemente, retomou seu trabalho como diretor de peças teatrais.

            Filho do empresário paraibano Orlando Soares e de Mercedes Leal Soares, Jô queria, quando criança, ser diplomata. Estudou no Colégio São Bento do Rio de Janeiro, e em Lausanne na Suíça, no Lycée Jaccard, com esse objetivo, mas percebeu que seu senso de humor apurado e sua criatividade nata apontavam-no para outra direção.

           Jô Soares foi descoberto no programa de Silveira Sampaio. Participou de algumas comédias de cinema na Década de 1960, estreando em 1959 como um espião norte-americano no filme O Homem do Sputnik, estrelado por Oscarito, na extinta Atlântida Cinematográfica, grande produtora de chanchadas na década de 1950.

          Na TV Tupi participou do programa de televisão La Revue Chic, dirigido por Nilton Travesso. Foi ator e redator em vários programas humorísticos, como Família Trapo, da TV Record, que escrevia junto com Carlos Alberto de Nóbrega e atuava ao lado de Ronald Golias e Otelo Zeloni. Na Rede Globo estrelou programas como Faça Humor, Não Faça a Guerra, Satiricom, Planeta dos Homens e Viva o Gordo, que escrevia junto aos maiores escritores do humor brasileiro como Max Nunes, Haroldo Barbosa, Hilton Marques, entre outros.

          Em seguida, transferiu-se para o SBT, onde seu programa humorístico passou a chamar-se Veja o Gordo. Nesta época, criou e apresentou o programa de entrevistas Jô Soares Onze e Meia

Atualmente contratado pela Rede Globo, apresenta o Programa do Jô. A emissora mudou, mas o programa é essencialmente o mesmo: um talk-show.    
Biografia extraída da Wikipédia

Fonte:
Material do Curso de Especialização em Tecnologias em Educação – Disciplina: Mídia,cultura e sociedade;
Sites pesquisados:
Entrevistado: Dr. José Araújo Sobrinho, 60 anos, Médico Infectologista, professor da FACISA- Campina Grande-PB.

João Genarte de Araújo Cavalcante Neto


Matemática, o terror dos estudantes!


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Especialistas explicam por que a matemática ainda é considerada o bicho papão por muitos alunos.

SOBRE A MATEMÁTICA
A matemática é a ciência do raciocínio lógico e abstrato. Esta ciência vem sendo construída ao longo dos séculos. Resultados e teorias milenares se mantêm válidos e úteis e, ainda assim, a matemática continua a desenvolver-se permanentemente. Registros arqueológicos mostram que a matemática sempre foi parte da atividade humana. Ela evoluiu a partir de contagens, medições, cálculos e do estudo sistemático de formas geométricas e movimentos de objetos físicos. A matemática se desenvolveu principalmente na Mesopotâmia, no Egito, na Grécia, na Índia e no Oriente Médio. A partir da Renascença, o seu desenvolvimento intensificou-se na Europa, quando novas descobertas científicas levaram a um crescimento acelerado que dura até os dias de hoje. A matemática é usada como uma ferramenta essencial em muitas áreas do conhecimento, tais como engenharia, medicina, física, química, biologia e ciências sociais.

HISTÓRIA
Além de reconhecer quantidades de objetos, o homem pré-histórico aprendeu a contar quantidades abstratas como o tempo, os dias, as estações e os anos. A aritmética elementar (adição, subtração, multiplicação e divisão) também foi conquistada naturalmente. Acredita-se que esse conhecimento é anterior à escrita e, por isso, não há registros históricos. A matemática começou a ser desenvolvida motivada pelo comércio, medições de terras para a agricultura, registro do tempo e astronomia. A partir de 3000 a.C., quando babilônios e egípcios começaram a usar aritmética e geometria em construções, na astronomia e em alguns cálculos financeiros, a matemática começou a se tornar mais sofisticada. O estudo das estruturas matemáticas começou com a aritmética dos números naturais, seguiu com a extração de raízes quadradas e cúbicas, resolução de algumas equações polinomiais de segundo grau, trigonometria e frações, entre outros tópicos. Por volta de 600 a.C., na civilização grega, a matemática, influenciada por trabalhos anteriores e pela filosofia, tornou-se mais abstrata.
Dois ramos da matemática se distinguiram: a aritmética e a geometria. Na época do Renascimento, uma parte dos textos árabes foi estudada e traduzida para o Latim. A pesquisa matemática se concentrou então na Europa. O cálculo algébrico desenvolveu-se rapidamente com os trabalhos dos franceses François Viète e René Descartes. Nessa época, também foram criadas as tabelas de logaritmos, que foram extremamente importantes para o avanço científico dos séculos XVI a XX, sendo substituídas apenas depois da criação dos computadores. A percepção de que os números reais não são suficientes para a resolução de certas equações também data do século XVI. Já nessa época começou o desenvolvimento dos chamados números complexos, apenas com uma definição e quatro operações. Uma compreensão mais profunda dos números complexos só foi conquistada no século XVIII, com Leonhard Paul Euler, um grande matemático e físico suíço. A matemática ainda continua a se desenvolver intensamente por todo o mundo, nos dias de hoje.

O ENSINO 
A matemática e até mesmo outras matérias, desde o descobrimento do Brasil, eram ministradas pelos jesuítas, até a expulsão deles, em 1759. Desta data até 1808, os ex-alunos dos jesuítas ficaram encarregados do ensino. De 1808 a 1834 a matéria era ministrada nas escolas do exército e da marinha e, a partir de 1873, também nas escolas de engenharia. Em 1874 foi criada a Escola Politécnica, a partir da Escola Central – ex-Escola Militar. A Escola de Minas de Ouro Preto foi criada em 1875 e a Escola Politécnica de São Paulo em 1893. Assim, o ensino da matemática passou também a ser oferecido em escolas não militares.
Ela é o terror de muitos alunos. Basta a expressão “resolva o problema”, usada nos exercícios da matéria, para causar arrepios e depressão. Mas, será que a matemática, cujo Dia Nacional é comemorado no dia 6 de maio, é mesmo esse pavoroso bicho papão? De acordo com pesquisa recente, encomendada pela UNESCO ao Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais da Universidade Federal de Minas Gerais, cerca de 40% dos alunos que concluíram o Ensino Fundamental em escolas públicas, entre 2005 e 2009, não absorveram o nível básico da disciplina que é esperado nessa etapa.

RAZÕES PARA A REJEIÇÃO
Segundo o professor de matemática Luciano Santana, do Colégio Padre Antônio Vieira, do Rio de Janeiro, três fatores contribuem para a rejeição à matéria. O primeiro é histórico: algumas escolas criaram o mito de que aprender matemática é difícil. Basta dizer que, no século VI a.C., os alunos que pretendiam entrar para o Instituto de Pitágoras, chegavam a ficar 12 horas trancados em celas para desvendar enigmas matemáticos e, se não conseguissem êxito, eram humilhados perante seus pares.
O segundo fator que contribui para o medo com relação à matemática, segundo o professor, se baseia na psicanálise: de acordo com Sigmund Freud (foto), considerado o pai da psicanálise, o processo de aprendizagem está ligado ao prazer de aprender; portanto, a falta de motivação, por parte do professor, e de aulas dinâmicas, principalmente nas fases iniciais da aprendizagem, contribuem para a rejeição nas etapas mais avançadas do ensino. O terceiro motivo, segundo Santana, é o currículo estudado, considerado por ele muito extenso e cobrado num nível alto de aprofundamento. “Conteúdos como números complexos não fazem sentido no Ensino Médio, para quem não vai tentar áreas como engenharia”, explica ele.

CRIANÇAS
A professora de matemática da Universidade Federal de Uberlândia, Cristiane Coppe, explica que as crianças da Educação Infantil gostam da matéria, pois ela é ensinada de forma lúdica e trabalhada sempre de maneira concreta. Mas, depois que os estudantes começam a estudar as disciplinas isoladamente, há, na avaliação da professora, um rompimento do concreto para o abstrato. “Essa passagem se dá de modo brusco, no processo de ensino e aprendizagem da matemática, o que a torna sem significado. Como se pode gostar de algo que não se entende?”
Já no fim do Ensino Fundamental, a matemática deixa de ser o bicho papão e passa a ser o bicho de sete cabeças, formado também pela química e pela física. “O fato de um aluno não gostar de matemática terá grande influência em química e física, matérias que dependem muito das ferramentas da matemática em seus cursos. A vantagem dessas duas últimas ciências é que elas podem oferecer aulas em laboratórios para quase todos os conteúdos abordados, o que, em matemática, não é tão fácil”.
Para estimular os alunos, Santana explica que o Colégio Padre Antônio Vieira realiza maratonas de matemática, inspiradas nas olimpíadas da Sociedade Brasileira de Matemática. Os três melhores colocados são premiados com média 10 na disciplina. “O que observamos é que os alunos que não gostam de matemática participam efetivamente, pois existe o estímulo de obter a nota 10. Além disso, a prova é possível de ser feita por eles, pois não prioriza conteúdos, uma vez que utilizamos questões de raciocínio lógico também”. Santana acredita que o primeiro passo para os alunos encararem a matemática como algo menos complicado é melhorar a qualificação dos profissionais na educação básica: “É preciso oferecer mais conhecimento matemático, pois a maioria dos professores tem um conhecimento limitado. O segundo passo é cobrar dos pais maior empenho no processo. E, por último, rever urgentemente o currículo oferecido”. Já Cristiane ressalta que o educador deve mostrar que há diversos caminhos para a resolução de um problema matemático: “Ele deve possibilitar ao aluno a investigação matemática, a experimentação com erros e acertos e a formalização de conceitos, após observações em um ambiente propício à aprendizagem”.

MALBA TAHAN
Um dos educadores que fizeram isso com maestria foi o professor Júlio Cesar de Mello e Souza (1895-1974), que usava o pseudônimo de Malba Tahan (foto). “O que considero mais relevante nos livros do professor Júlio Cesar é a junção genial de ciência, imaginação, matemática e cultura árabe”, diz Cristiane, que é estudiosa da obra do autor. O livro mais conhecido de Malba Tahan, “O Homem Que Calculava”, é um conto matemático. São narrativas que se desenrolam com a personagem Beremiz Samir e utilizam conceitos como história da matemática, resolução de problemas e etnomatemática, entre outros. Malba Tahan conquistou leitores no mundo inteiro, através da matemática, e mostrou que o aprendizado da ciência pode ser muito divertido. Em sua homenagem, o dia do seu aniversário, 6 de maio, foi decretado o Dia Nacional da Matemática.

O Homem que Calculava 
Romance de Malba Tahan ,  narra as aventuras e proezas matemáticas do calculista persa Beremiz Samir, na Bagdá do século XIII. Foi publicado pela primeira vez em 1938 e já chegou à 75ª edição. A narrativa, dentro da paisagem do mundo islâmico medieval, trata das peripécias matemáticas do protagonista, que resolve e explica, de modo extraordinário, diversos problemas, quebra-cabeças e curiosidades da matemática. Inclui, ainda, lendas e histórias pitorescas, como, por exemplo, a lenda da origem do jogo de xadrez.

Fonte: O GRANDÃO

A guerra das Picapes

                                              Amarok, Frontier,  S-10 e Hylux

            Chevrolet S10 x Nissan Frontier x Toyota Hilux x VW Amarok


Quem gosta de picapes pode comemorar. De uma hora para outra a oferta se renovou e cresceu. Só a Chevrolet S10, lançada mês passado, chegou com uma dúzia de versões. E a Amarok, que ganhou câmbio automático este mês, agora tem nove configurações diferentes. Vários fatores contribuíram para esses lançamentos. O mercado brasileiro, que há cinco anos era tido como lento no retorno dos investimentos, ganhou relevância. A concorrência aumentou. E as fábricas tiveram de adequar as picapes às normas da nova fase do programa de controle ambiental Proconve. As novidades não ficam por aqui. A Mitsubishi também apresentou mudanças na L200 Triton. E a Ford lança a nova Ranger, no mês que vem.

Aqui, alinhamos as versões topo de linha, equipadas com motor diesel, cabine dupla e tração 4x4, que são as configurações mais vendidas. Além da avaliação na pista e no dia a dia, levantamos o que cada uma oferece em equipamentos, custo de seguro (para um proprietário com perfil conservador) e peças (a cesta básica inclui par de amortecedores, jogo de pastilhas de freio e farol e retrovisor esquerdos). Veja a seguir como cada uma delas se saiu.



4º- Toyota Hilux


Os fãs da Toyota evocarão a liderança do segmento, a satisfação dos proprietários e a qualidade do atendimento pós-venda da marca - que são aspectos importantes. Neste confronto, contudo, a Toyota Hilux foi ultrapassada pelas rivais. Lançada em 2005, ela sente o peso do tempo, apesar das melhorias que recebeu nos últimos anos. É a única das quatro que ainda tem engate mecânico para a tração (4x2, 4x4 e 4x4 reduzida). Chevrolet S10 e Nissan Frontier contam com engates eletrônicos e a VW Amarok tem tração 4x4 permanente. Antigamente, valia o argumento de que o sistema mecânico era robusto, mas hoje a eletrônica já se provou confiável. Também o motor da Hilux é o mais fraco do comparativo, apesar de apresentar o maior deslocamento. O 3.0 da Toyota gera 171 cv de potência e 36,7 mkgf de torque, enquanto o 2.8 da Chevrolet produz 180 cv e 47,9 mkgf, o 2.5 da Nissan entrega 190 cv e 45,8 mkgf e o 2.0 da VW chega a 180 cv e 42,8 mkgf.

A Hilux manteve a majestade no design. Ela passou por uma reestilização este ano que atualizou seu visual, com a substituição de grade dianteira, faróis, lanternas, capô, para-choque e espelhos retrovisores, agora com repetidores. Por dentro, as mudanças estéticas se concentraram no grafismo dos instrumentos e em detalhes prateados em console, volante e alavanca do câmbio. Mas a versão top SRV se destaca pelo aumento de itens no pacote de equipamentos de série, que inclui ar-condicionado automático e digital, central multimídia, Bluetooth, câmera de ré e de GPS e bancos elétricos, entre outros. A única concorrente que consegue encarar a Hilux com esse conteúdo é a Amarok, que é a mais completa do comparativo - ainda assim, tem sensor de estacionamento no lugar da camera de ré e oferece GPS só como opcional. Mas esse pacote de equipamentos da Hilux não sai de graça. Pelo contrário. Com preço sugerido de 141 920 reais, a Hilux SRV é a mais cara do confronto.


DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO
Como as rivais, ela também privilegia o conforto. Mas sofre ao passar por irregularidades. Foi a melhor nas frenagens.
★★★★

MOTOR E CÂMBIO
Com rendimento menor, Hilux ficou para trás na pista de testes.
★★★

CARROCERIA
Apesar da idade, o visual permanece atual. Seu acabamento é de qualidade superior.
★★★★

VIDA A BORDO
Bem equipada, a Toyota trata bem seus ocupantes, mas atrás poderia melhorar.
★★★★

SEGURANÇA
Tem ESP e duplo airbag.
★★★★

SEU BOLSO
É a mais cara do comparativo
★★★


3º- Nissan Frontier

A Nissan Frontier é a picape mais barata do comparativo. Com preço de 128 990 reais, ela custa 12 930 a menos que a Hilux. Como não existe almoço grátis, a Frontier LE Attack dispensa alguns luxos como GPS e camera de ré, presentes na rival Hilux, e também equipamentos importantes, como ESP (que não está disponível nem como opcional), e úteis, como computador de bordo. Ela traz o essencial: duplo airbag, ABS, piloto automático, ar condicionado e som.

A antena de recepção do rádio denuncia a idade do projeto (a Frontier foi lançada no Brasil, em 2007). Em forma de haste e instalada no para-lama dianteiro, ela se torna fonte de ruídos, quando a picape vai além de 100 km/h, ou quando, devagar, a haste bate no teto ou no portão da garagem. As antenas da S10 e da Hilux são pequenas e ficam no teto, e a da Amarok vai embutida no retrovisor externo. A Frontier se destaca quando o assunto é desempenho. Seu motor é o mais potente e isso ficou evidente na pista, onde a picape cravou o melhor tempo nos testes de aceleração, fazendo de 0 a 100 km/h em 11 segundos, e se revelou a mais econômica. A Frontier conseguiu as médias de 10,5 km/l no ciclo urbano e 12,5 km/l no rodoviário, enquanto a Hilux terminou com as médias de 9,5 km/l e 11,2 km/l, respectivamente.

Ainda na comparação com as rivais, a Frontier também oferece bom espaço interno, embora quem viaje atrás fique com os joelhos em posição mais alta que os quadris e as costas em posição menos reclinada que nas outras picapes. Sua direção também é leve e não exige esforço. Mas a suspensão, apesar de oscilar menos que a da S10, o que é bom para a dirigibilidade, é menos eficiente para filtrar as irregularidades do piso. Seu tanque de combustível, de 80 litros, é o maior do comparativo e o revestimento dos bancos da Frontier é o único que mistura couro sintético com couro natural. Pelo resumo da obra, ela fica com o terceiro posto.


DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO

A direção é leve e a suspensão, confortável e não pula muito. Poderia frear melhor.
★★★

MOTOR E CÂMBIO
Foi o melhor rendimento na pista de testes.
★★★★

CARROCERIA
Acabamento de boa qualidade, sem parecer luxuoso. Estilo meio cansado.
★★★

VIDA A BORDO
Gostosa de dirigir, motor silencioso... Atrás, entretanto, falta espaço para as pernas.
★★★★

SEGURANÇA
Tem o essencial: ABS, EBD e duplo airbag.
★★★★

SEU BOLSO
Custa menos e tem peças mais baratas que a média.
★★★★


2º- Chevrolet S10

O que mais chamou atenção na Chevrolet S10, neste comparativo, foi o design. Alinhada com as concorrentes, mais sóbrias e conservadoras, a S10 se destacou com a grade dianteira ampla, os faróis delicados para uma picape, a linha ascendente na base dos vidros e os cromados, ao redor da grade, dos faróis de neblina e nos retrovisores. Internamente, seu painel se assemelha ao de um automóvel e há detalhes interessantes, como os mostradores redondos com molduras quadradas - inspirados no cupê esportivo Camaro - e os frisos em forma de colchete, nos raios do volante, que ecoam as formas das saídas de ar, no alto do console. A central de commandos redonda do ar-condicionado definitivamente não conversa com o sistema de som retangular. Mas até essa quebra de harmonia atrai o olhar de quem entra na cabine, assim como o contraste entre a simplicidade do acabamento plástico e a sofisticada aparência dos bancos de couro (sintético), da iluminação azul dos instrumentos e da manopla de câmbio cromada.

Nos demais aspectos analisados, a S10 se revelou apenas discreta. No que diz respeito aos equipamentos, a Chevrolet não fez sombra à Toyota. E, em relação ao desempenho, ficou atrás da Nissan.

Não foi só pelo visual, no entanto, que a S10 conquistou o segundo lugar neste confronto. Seu mérito surgiu no equilíbrio de seu conjunto, com saldo favorável entre prós e contras. Entre os aspectos positivos, a S10 reúne câmbio automático sequencial de seis marchas com opção de trocas no modo manual (recurso que só a Amarok compartilha), menor diâmetro de giro (o que revela que ela é mais fácil de manobrar) e presença de equipamentos importantes como o ESP e o cinto de segurança de três pontos na posição central traseira (que nenhuma das outras tem). Ao volante, a S10 privilegia o conforto. Sua direção é leve e a suspensão, macia até demais. Das quatro picapes avaliadas aqui, a S10 é a que mais pula e inclina nas curvas.

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO
A direção é leve, mas precisa. A suspensão deixa a picape inclinar e pular. Freios tiveram desempenho regular.
★★★

MOTOR E CÂMBIO
O motor tem bastante torque e o câmbio sequencial de seis marchas tem modo de troca manual.
★★★★

CARROCERIA

Tem estilo moderno e construção de boa qualidade.
★★★★

VIDA A BORDO

Bom espaço interno e acabamento com materiais de qualidade intermediária.
★★★★

SEGURANÇA
A versão LTZ tem ABS, duplo airbag e ESP.
★★★★

SEU BOLSO
Peças, seguro e garantia na média da categoria.
★★★


1º- Volkswagen Amarok

Ao lançar a Amarok, em 2010, sem a opção do câmbio automático, a VW ficou fora de uma importante fatia do mercado. O deslize está sendo reparado agora, com ares de quem quer recuperar o tempo perdido. A Amarok chega com um câmbio automático cheio de recursos. A caixa tem oito marchas, que o motorista pode usar nos modos automáticos Drive ou Sport (que realiza trocas em regimes mais elevados) ou optar pelas mudanças manuais. A primeira é uma marcha reduzida e as duas últimas são do tipo overdrive, para economizar combustível em velocidades de cruzeiro. Como a transmissão é integral e permanente, não é necessário escolher o tipo de tração (4x2, 4x4 e 4x4 reduzida). Se precisar de força para vencer um obstáculo, é só fixar a primeira marcha e acelerar. Nas outras situações, basta deixar a picape trabalhar. A Amarok possui um diferencial central que se encarrega de distribuir a força entre os eixos, de acordo com a necessidade. No uso normal, a divisão é na razão de 40% para a frente e 60% para trás. Mas pode chegar a apenas 80% em um dos eixos, dependendo das condições de aderência. Ainda assim, o sistema conta com a possibilidade de bloqueio do diferencial traseiro, o que ajudaria a picape a sair de um atoleiro, por exemplo.

O sistema de freios tem ABS com EBD e BAS, sistema de controle de filme de água nos discos RBS e modo de operação Off-Road, específico para pisos sem pavimentação. Nas descidas, o sistema HDC (Hill Descent Control) mantém a picape em velocidade sob controle. Nas arrancadas, nas subidas, o HSA (Hill Start Assist) segura a picape por até 3 segundos, para dar tempo ao motorista de acelerar sem que o veículo se movimente. A bordo também não faltam itens que tornam a vida de todos melhor. A Amarok é a única com ar-condicionado dualzone, volante com ajuste de altura e profundidade e tomada 12 V na caçamba. Sua suspensão oscila tanto quanto a da S10, mas são vibrações mais breves.

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO

Direção direta e suspensão mais firme que a das rivais, mas confortável. Freou bem.
★★★★

MOTOR E CÂMBIO
O rendimento do conjunto ficou na média da categoria. A transmissão, por sua vez, é show.
★★★★★

CARROCERIA
Com design atual e construção sólida, apesar do excesso de plástico no painel.
★★★★

VIDA A BORDO

Seu motor é o mais silencioso, o banco traseiro é confortável. Há boa oferta de equipamentos.
★★★★★

SEGURANÇA
ESP é opcional, mas a Amarok tem diversos recursos exclusivos.
★★★★★

SEU BOLSO
Nos primeiros quarto meses de lançamento, o Banco VW oferece seguro por 4 000 reais, 3% do preço da picape.
★★★★


Fonte: Revista Quatro Rodas

Aula de Biologia: Vírus


Ciência



Tudo que você nunca quis saber sobre as baratas

Elas estão moídas no seu chocolate, sobrevivem a até um mês sem cabeça e comem seres humanos vivos. (Agora a boa notícia: elas não resistiriam a um ataque nuclear). Conheça o nojento mundo dessa obra-prima da evolução: a barata

por Ana Carolina Prado
Elas estão moídas no seu chocolate, sobrevivem a até um mês sem cabeça e comem seres humanos vivos. (Agora a boa notícia: elas não resistiriam a um ataque nuclear). Conheça o nojento mundo dessa obra-prima da evolução: a barata

Gênio do design
Conheça milímetro a milímetro o inseto highlander.

Casca dura
Para proteger o interior delicado, elas são revestidas por um casco duro de quitina. O formato achatado permite que elas suportem esmagamentos leves sem morrer.

Creme
A massa branca que sai quando você esmaga uma barata é gordura e protege os órgãos internos. Ela permite que o inseto fique dias sem comer.

Filhotes
A maioria das baratas guarda seus ovos em um recipiente chamado ooteca, que fica dentro do corpo. Algumas espécies seguram os filhotes dentro de si até estarem prontos para ir ao mundo; outras largam a ooteca em um lugar seguro para os ovos eclodirem sozinhos.

Antenada
Dotadas de pequenos pelinhos ultrassensíveis, as antenas das baratas captam odores e podem, dependendo da espécie, detectar a presença de água, álcool ou açúcar nas proximidades.

Fôlego
A barata respira por 20 aberturas laterais chamadas espiráculos, que levam o ar para o corpo todo. Assim, pode ficar horas sem oxigênio.

Radar
Esses espinhos no traseiro dão informações detalhadas sobre ameaças: percebem movimentos sutis do ar e captam informações sobre possíveis ameaças, como localização, tamanho e velocidade.
A barata dos vizinhos
São 5 mil espécies do inseto que vive na Terra há 325 milhões de anos. Eis as principais:

Nome - Barata americana
Tamanho - 3 a 4 cm
Longevidade - 3 a 4 anos
Habitat - Ambientes escuros como sótãos, porões e esgoto.
Comuns no mundo todo, são maiores, e fazem voos curtos. É a espécie mais resistente: fica 90 dias sem comida e 40 sem água. Acredita-se que tenham vindo da África em navios negreiros.

Nome - Barata germânica
Tamanho - 1,2 a 1,6 cm
Longevidade - 1 ano
Habitat - Cozinhas e banheiros, despensa de alimentos, máquinas de café.
Elas têm asa, mas não voam e são as mais comuns nas cidades da América. Vivem até 45 dias sem comida e 14 sem água. Acredita-se que tenham ido para a Europa com os fenícios.

Nome - Barata de Madagascar
Tamanho - 5 a 9 cm
Longevidade - 2 a 5 anos
Habitat - No chão de florestas tropicais, principalmente Madagascar.
Esta espécie não é considerada uma praga urbana - na verdade, é até criadacomo bicho de estimação. São famosas pelo alto assobio que fazem quando se sentem ameaçadas.


Também vão pegar você
Poucos bichos são tão liberais quanto as baratas quando se trata de alimentação. Elas comem praticamente tudo. E isso inclui coisas bizarras como cola, fezes, papel, couro, outras baratas e cerveja azeda quente, que é seu alimento preferido. (A única coisa que odeiam é pepino - sabe-se lá por quê.) E elas também curtem comer seres humanos - vivos ou mortos. Sim, elas "mordem"gente viva (que está dormindo) - sempre nas extremidades: dedão e sola dos pés, unhas e palmas das mãos. Também há relatos de baratas que comem cílios. Elas não têm dentes, mas usam sua forte mandíbula para raspar as superfícies até deixar buracos doloridos. Também podem se alimentar de restos de comida, especialmente de leite seco na boca de bebês que estão dormindo. As crianças são mais suscetíveis por terem o sono mais pesado, mas adultos também não escapam. Se você é do tipo que curte tomar cerveja e comer salgadinho no sofá e acaba dormindo por lá mesmo, chegou a hora de repensar sua vida.


Boatos sobre baratas

Elas resistem a ataques nucleares
Mentira. O mito provavelmente surgiu na década de 1960, com o relato nunca confirmado de quebaratas teriam sobrevivido às bombas de Hiroshima e Nagasaki. É verdade que, comparadas com não-insetos, elas são resistentes: por terem poucas células que se dividem lentamente, conseguem consertar alguns problemas causados pela radiação. Mas outros seres vivos são muito mais resistentes, como certas algas, musgos e bactérias. E até alguns insetos são mais fortes: enquanto a barata americana aguenta até 20 mil rads (unidade de radiação absorvida), o caruncho de madeira aguenta 48 mil, e a mosca-das-frutas, 64 mil. Uma bomba como a de Hiroshima tem 34 mil rads. Ou seja, elas não sobreviveriam.


Elas sobrevivem sem cabeça
Verdade. Baratas são sobreviventes. Além de conseguir ficar até um mês sem comer nada e semanas sem ingerir água, o inseto ainda é capaz de sobreviver por até outro mês sem a cabeça. É que suas principais estruturas vitais ficam espalhadas pelo abdômen (incluindo as que permitem a respiração) e, caso percam a cabeça (no sentido literal), um gânglio nervoso no tórax passa a coordenar os seus movimentos, permitindo que fujam das ameaças. Como o seu corpo tem um revestimento de células sensíveis à luz, ela ainda pode localizar e correr para as sombras a fim de se proteger. Mas, como todos, inevitavelmente um dia acaba morrendo.


Elas estão no chocolate
Verdade. Segundo a Food and Drugs Administration (FDA), o órgão que faz o controle dos alimentos e remédios nos EUA, uma barra de chocolate comum contém, em média, 8 resíduos de baratas. (Um pedaço de 100 gramas de chocolate tinha, em média, 60 resquícios de insetos variados em sua composição.) O inseto entra em contato com o doce ainda durante a colheita e armazenamento do cacau. E mais: pessoas que têm alergia ao chocolate podem, na verdade, ser alérgicas aos pedacinhos de baratas que ficam no doce. O inseto pode causar reações alérgicas em algumas pessoas, como coceira e cãibras, e cortar o chocolate da dieta é justamente um dos tratamentos recomendados a pessoas alérgicas.
Sexo explícito
Uma loucura. Observe aqui, de perto, o que só acontece atrás das paredes: o ritual de acasalamento da barata americana, a "voadora". Ui.

1. Essa espécie pode produzir até 800 descendentes nos seus 4 anos de vida. A germânica, que vive 1 ano, gera até 20 mil

2. Veja a atitude sensual da fêmea: ela abaixa o abdômen, levanta as asas e libera feromônios. Se o macho topar, ela sobe nele.

3. Enquanto escala o macho, ela vai lambendo suas costas. Assim, ingere uma substância especial, produzida na corte.

4. O macho não perde tempo: vai tentar introduzir a genitália na fêmea por baixo, para iniciar a cópula.

5. Ligado pelas genitália, o macho se vira e assume posição oposta à parceira. É nesse momento que ela é fecundada.


Fontes Lucy Figueiredo, bióloga especialista em baratas da Associação Brasileira de Controle de Vetores e Pragas - ABCVP, Marcos Roberto Potenza, pesquisador do Instituto Biológico de São Paulo, The Cockroach Papers: a Compendium of History and Lor, de Richard Schweid
Imagem Getty Images
Extraído da Revista Superinteressante

sábado, 26 de maio de 2012

Reforma Ortográfica


Jean Michel Jarre


Aprender outra língua aumenta a potência cerebral



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Numa pesquisa, o tronco cerebral reagiu mais no caso de estudantes capazes de falar duas línguas. Segundo os pesquisadores, aprender um segundo idioma aumenta o poder do cérebro.
Cientistas da Northwestern University, nos Estados Unidos, afirmam que falar mais de uma língua é uma forma de treinamento do cérebro, uma “ginástica” mental que desenvolve a mente. Falar, pelo menos duas línguas, afeta profunda e positivamente o cérebro e muda a forma como o sistema nervoso reage ao som, segundo revelaram os testes de laboratório. Especialistas dizem que o estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences fornece evidências biológicas para isso. A equipe de pesquisadores monitorou as respostas do cérebro a sons diferentes de 48 estudantes voluntários – 23 dos quais bilingues. Sob condições laboratoriais silenciosas, os dois grupos – o bilingue e o de alunos que somente falavam inglês – responderam da mesma forma. Mas em um contexto de conversa barulhenta, o grupo bilingue foi muito superior em processar os sons. Eles eram mais capazes de sintonizar informações importantes – a voz do orador – e bloquear outros ruídos que distraem – as conversas de fundo.

Poderoso benefício
As diferenças de resposta dos dois grupos foram visíveis no cérebro. As reações do tronco cerebral dos que falam duas línguas foram intensificadas. De acordo com a professora Nina Kraus (foto), que coordenou a pesquisa, “a experiência do bilingue é aprimorada, com resultados sólidos em um sistema auditivo altamente eficiente, flexível e focado no processamento automático de som, especialmente em condições complexas de escuta”. A pesquisadora e co-autora do estudo Viorica Marian disse: “As pessoas fazem palavras cruzadas e outras atividades para manter suas mentes afiadas. Mas as vantagens que temos descoberto, em falantes de mais de uma língua, vêm do fato de falarem mais de um idioma. Parece que os benefícios do bilinguismo são particularmente poderosos, amplos e incluem a atenção, seleção e codificação de som”. Pesquisas anteriores também sugerem que ser bilingue pode ajudar a afastar a demência.
O cérebro ainda é um grande mistério e sempre surpreende os cientistas que dizem que uma pessoa comum usa somente 3% da sua capacidade cerebral. Alguns gênios, como Einstein, alcançavam cerca de 10%. Mas, mesmo usando apenas 3% de sua capacidade cerebral – um pouco mais, um pouco menos – o ser humano pode exercitar o cérebro e melhorar a sua capacidade. Para isso, deverá conhecer e aprender coisas novas, quebrar rotinas e mudar hábitos. Estudos da neurociência (a ciência que estuda e mapeia o cérebro) mostram que o cérebro tem uma capacidade enorme de se adaptar e mudar a configuração das suas conexões e o exercício vai mantê-lo ágil e saudável, porque faz o cérebro sair do ócio e se esforçar mais.

Exercícios para o cérebro
Use o mouse ou escove os dentes com a mão contrária (esquerda, se você é destro, e direita, se é canhoto).Essa é uma maneira simples de quebrar a rotina e também é uma excelente maneira de melhorar a coordenação motora, a concentração e até a criatividade.

Escreva com a mão que não é a que você normalmente usa. Isto resultará em novas ligações que estarão sendo criadas entre seus neurônios, aumentando dessa forma o número de caminhos para o fluxo de informação.





Leia bastante. A leitura ajuda a exercitar diversas regiões cerebrais e, além de adquirir novas informações, a pessoa estará estimulando as áreas visual e verbal.



Mude de roupa com os olhos fechados. Isso ajuda o cérebro a exercitar a capacidade de definição de tempo e espaço.



Use o relógio de pulso no braço contrário ao que sempre usa.



Experimente alimentos diferentes para estimular o paladar. Mas não precisa ser TÂO radical…




Converse muito com pessoas diferentes. Mas de preferência com pessoas reais…




Veja fotos de outros ângulos. De cabeça para baixo, por exemplo. As fotos, não você…






Mude de caminhos para ir aos lugares. Só tenha cuidado para não se perder…





Experimente andar de trás para frente em sua casa. Mas se cuide, pra não cair de costas…




Faça um curso de dança ou de uma língua estrangeira. Se preferir a dança, escolha algo mais light do que o frevo e, se achar melhor um idioma estrangeiro, não exagere: chinês é barra pesada…


A maioria dos brasileiros ainda não domina o inglês, uma língua falada no mundo todo e que, hoje, é um requisito básico para se conseguir um bom emprego. Dados mostram que somente 24,5% dos brasileiros falam fluentemente o inglês, ou, pelo menos, num nível considerado razoável. Está na hora de mudar esses números , não só porque pode ajudar a conquistar melhores posições no mercado de trabalho, mas porque falar uma segunda língua melhora o sistema auditivo e, consequentemente, a atenção e a memória. Além desses benefícios, outros estudos mostram uma segunda vantagem do bilinguismo: cérebros bilíngues são mais protegidos contra o mal de Alzheimer. Finalmente, inúmeras pesquisas deixam claro que idade não é desculpa para deixar de aprender uma segunda língua. So,let’s go!