9 doenças que mais matam no mundo
Mais de 50 milhões de pessoas morrem anualmente no planeta – número maior que a população inteira do estado de São Paulo. Fazer esta conta pode parecer algo um tanto mórbido mas, segundo a Organização Mundial de Saúde, saber quantas pessoas morrem a cada ano e a causa destas fatalidades é fundamental para identificar problemas e implementar políticas públicas de saúde eficazes. E campanhas contra o cigarro parecem ser prioridade: segundo o último relatório da OMS, publicado em 2011 e baseado em dados de 2008, o cigarro está ligado a três das doenças mais fatais e é responsável pela morte de 1 em cada 10 adultos mundo afora. De que mais as pessoas tem morrido? Confira as 9 doenças que mais matam no mundo:
1. Cardiopatia isquêmica
Número de mortes: 7,25 milhões (12,8%)
Uma doença, normalmente causada por uma aterosclerose coronariana, em que se verifica isquemia do miocárdio. Não entendeu nada? Calma, a gente explica. A cardiopatia isquêmica acontece quando alguma coisa atrapalha a irrigação do coração (que, além de bombear sangue para o resto do corpo, também é movido a sangue!). Isso rola quando placas de gordura, colesterol, cálcio ou colágeno se acumulam nas artérias, dificultam a circulação do sangue e atrapalham o ritmo do músculo mais importante do seu corpo. Coraçãou parou, suas células começam logo a morrer. Aí, já viu. O risco da doença aumenta com a idade, mas também pode ser agravada por tabagismo, consumo de carne vermelha, diabetes e hipertensão arterial.
2. Derrame e outras doenças vasculares cerebrais
Número de mortes: 6,15 milhões (10,8%)
O derrame – nome popular do acidente vascular cerebral (AVC) ou acidente vascular encefálico (AVE) – é provocado pelo entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. Idade avançada, hipertensão arterial (pressão alta), colesterol elevado, tabagismo e diabetes são alguns dos principais fatores de risco. Fique atento aos sintomas: quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de sobrevivência.
3. Doenças inflamatórias do trato respiratório inferior
Número de mortes: 3,46 milhões (10,8%)
Traqueia, pulmões, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares compõem as vias aéreas inferiores, parte do aparelho respiratório também chamada de trato respiratório inferior. Infecções nessa região geralmente são causadas pelo mal funcionamento dos cílios que revestem a traqueia – é graças ao movimento deles que a sujeira que inalamos ao respirar é varrida para fora através da tosse. A pneumonia, doença inflamatória no pulmão, também se enquadra nesta “doença mortal”.
4. Doenças pulmonares obstrutivas crônicas
Número de mortes: 3,28 milhões (6,1%)
Falta de ar, fadiga muscular, insuficiência respiratória. Estes são alguns dos sintomas das Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC), que incluem a enfisema e a bronquite crônica. Geralmente provocadas por tabagismo, exposição passiva ao fumo, exposição à poeira, poluição ambiental ou fatores genéticos, as DPOC destroem os alvéolos e comprometem o funcionamento do pulmão. Está na hora de rever a qualidade do ar que você respira.
5. Diarreia
Número de mortes: 2,46 milhões (4,3%)
Uma “simples” diarreia pode ser mortal. Podendo ser causada por doenças inflamatórias intestinais, efeitos colaterais ao uso de medicamentos, infecções (por vírus, bactérias ou parasitas) e alergias, a diarreia leva à perda de grandes quantidades de água e sais minerais, o que pode desencadear quadros de desidratação grave.
6. HIV/AIDS
Número de mortes: 1,78 milhões (3,1%)
Responsável por tirar mais de 25 milhões de vidas ao longo das últimas três décadas, a doença continua a ser uma grande preocupação global. O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) atinge o sistema imunológico e enfraquece a defesa contra infecções e alguns tipos de câncer. À medida que o vírus destrói e prejudica a função de células do sistema imunológico, os indivíduos infectados tornam-se gradualmente incapazes de combater infecções. O estágio mais avançado da infecção pelo HIV é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a AIDS, que pode levar entre 2 a 15 anos para se desenvolver, dependendo do indivíduo. Apesar de ainda não ter cura, o tratamento com medicamentos anti-retrovirais consegue controlar o vírus.
7. Câncer de pulmão, traqueia e brônquios
Número de mortes: 1,39 milhões (2,4%)
O cigarro ataca novamente: a causa mais comum deste tipo de câncer é a exposição prolongada à fumaça do cigarro. Um dos motivos de ser tão mortal é provavelmente seu difícil diagnóstico – o câncer no pulmão, o mais comum no Brasil, costuma ser descoberto em estágios avançados, o que faz o índice de mortalidade chegar a 86%.
Leia também: Quais tipos de câncer mais matam no Brasil?
8. Tuberculose
Número de mortes: 1,34 milhões (2,4%)
Causada pelo Mycobacterium tuberculosis (ou bacilo-de-koch), a tuberculose é uma das mais antigas doenças documentadas pela humanidade, e foi responsável por uma grande epidemia que matou 1 bilhão de pessoas entre 1850 e 1950. Altamente contagiosa e transmitida de pessoa para pessoa através das vias respiratórias, a “peste cinzenta” pode ser tratada através do uso de antibióticos, que curam o paciente em até seis meses. Apesar disso, a tuberculose continua sendo uma das doenças que mais causa mortes no mundo.
Leia também: Grandes epidemias ao longo da história
9. Diabetes mellitus
Número de mortes: 1,26 milhões (2,2%)
A glicose é uma importante fonte de energia para o organismo. Em excesso, no entanto, pode causar uma série de complicações – incluindo ataques cardíacos, derrames cerebrais, cegueira, hipertensão arterial e insuficiência renal, como aponta a American Diabetes Association. Por isso é tão importante seguir um tratamento regular para a diabetes, doença que provoca o aumento anormal do açúcar no sangue.
Bônus:
Os acidentes rodoviários ocupam o décimo lugar no ranking das principais causas de morte no mundo. Anualmente, são registradas cerca de 1,21 milhões de mortes no trânsito, o que representa 2,1% do total de falecimentos. Além disso, a cada ano, cerca de 50 milhões de pessoas sofrem acidentes não-fatais nas estradas.
Fonte: Organização Mundial da Saúde
Fones de ouvido são tão perigosos quanto turbinas de avião
Segundo um novo estudo da Universidade de Leicester (Reino Unido), ouvir música com volume muito alto em fones de ouvido pode danificar o revestimento das células nervosas, levando à surdez temporária.
Os pesquisadores, liderados pelo Dr. Martine Hamann, afirmaram que os fones de ouvido pessoais podem chegar a níveis de ruído semelhantes aos dos motores a jato de aviões.
O estudo era sobre os efeitos de ruídos altos (acima de 110 decibéis) em uma parte do cérebro chamada núcleo coclear dorsal, que carrega sinais de células nervosas do ouvido para as partes do cérebro que decodificam e dão sentido aos sons.
Ruídos altos já são conhecidos por causar problemas de audição, como surdez temporária e zumbido nos ouvidos, mas o estudo também descobriu que eles causam dano celular subjacente.
As células nervosas que transportam sinais elétricos das orelhas para o cérebro tem um revestimento chamado de “bainha de mielina”, que ajuda os sinais elétricos a viajarem ao longo da célula.
A exposição a ruídos altos pode danificar ou destruir as células deste revestimento, interrompendo os sinais elétricos. Isto
significa que os nervos não conseguem transmitir eficientemente informação das orelhas para o cérebro – você não escuta direito.
Porém, esse revestimento pode se regenerar, ou seja, as células podem voltar a funcionar. Isso significa que a perda de audição pode ser temporária.
“Nós agora entendemos por que a perda de audição pode ser reversível em alguns casos. Geralmente, efeito é reversível após três meses”, explica o Dr. Hamann.[ScienceDaily, NFR, MedicalNewsToday]
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